domingo, 30 de janeiro de 2011

O advogado do homem

Pense em um processo de cobrança... Uma audiência de instrução e julgamento...  os réus são escravos, pois o título de dívida lhes diz respeito, e como não conseguem pagar, têm que pagar com a vida, com a liberdade.

O autor da ação é o príncipe das trevas e exibe, com arrogância, o título de dívida. O juiz (que é o Pai Celestial) nomeia um advogado para os escravos, pois, não pode haver julgamento sem defesa, ainda que seja apenas formal. O advogado nomeado é o próprio Filho de Deus.

O advogado entra na sala de audiência e pede permissão para examinar o título da dívida. Permissão concedida, e o título então lhe é entregue. O advogado olha e diz: É esta a dívida? É este o preço? O autor confirma. Então o advogado diz: EU PAGO. Todos ficam estupefatos. E de fato Ele paga. Paga com a sua própria vida. Oferece, espontaneamente, sua própria vida. O juiz aceita a proposta, aceita o pagamento, pois, é justo. Portanto, dívida quitada.

Uma vez quitada a dívida o título lhe foi entregue (ao advogado) e é, por este, rasgado. O advogado então diz àqueles escravos: - vocês estão livres, podem ir... contem aos outros, a todos quantos encontrarem que não precisam mais servir a este senhor (aponta para o autor). Quanto a mim, “o meu Reino não é desse mundo”, eu vim só para pagar essa dívida, volto agora para meu Reino, e vou preparar lugar, pois, na casa de meu Pai tem muitas moradas e depois voltarei para buscar para mim quem de vocês me amar, quem dentre vocês quiser o meu Reino. Estão todos convidados!

Nas palavras do pastor Cláudio Campi, Evangelho não é religião. É uma defesa: “Fomos defendidos pelo maior advogado do Universo. A morte de Jesus foi a defesa apresentada a nosso favor. Quem pode apresentar uma defesa assim? Ele é o Criador!”

E Jesus foi embora mesmo, deixando-nos aqui com total liberdade para decidir amá-lo ou não. Isto é que é livre arbítrio! É certo que também somos inteiramente responsáveis pela decisão que tomamos. O que Ele fez por nós foi inteiramente de graça e não devemos nada a Ele. Ele deixa claro que não é uma troca forçada de senhorio, que não somos, aos olhos Dele, um objeto que Ele compra e faz o que quer. Ele pagou a nossa dívida (dívida essa que não podíamos pagar) e nos fez livres do nosso opressor... e nos deixou aqui... nas próprias terras do antigo senhor... porém, agora livres... livres para escolher o que fazer e a quem amar... e prometeu que um dia voltará.

Pense nisto! É a maior defesa que este Universo já presenciou!

“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2:13-15).

Iracema Teixeira – escrito em maio de 2008